Pragmatismo e Planejamento
Vencer, vencer, vencer... esse é o lema na cabeça e no coração de qualquer rubro-negro que se preza. Como bem disse o Alex do Triplex no texto abaixo, mesmo a magra e sofrida vitória de anteontem contra o Grêmio vale os 3 pontos e é isso o que importa nesse xôxo Campeonato Brasileiro de pontos corridos.
Mas não é disso que eu gostaria de tratar nesse artigo. Acabamos de ganhar a Copa do Brasil com todos os méritos, e com ela carimbamos nosso passaporte para a Libertadores, título maior das Américas. Sabemos também que nosso time, nem se trocarmos os 11 jogadores titulares (e sabemos que isso não acontecerá!) será sombra daquele esquadrão comandado pelo Galinho em 81. Mas o lado bom, é que, pra se ganhar uma Libertadores hoje em dia, não precisa se ter um Adílio, um Leandro, um Júnior e um Zico. Basta ter um time aplicado, bem organizado, com peças de reposição e um pouco tranquilidade fora de campo para que os jogadores pensem apenas em jogar bola. Peguemos o Internacional, atual campeão das Américas. Alguém considera esse time imbatível, inalcansável, totalmente fora dos padrões? Será que com um ano de prazo, não conseguimos montar um time do nível do esforçado time colorado de Clemer (!?), Fabiano Eller (!?), Fabinho (!?), Abel (!?) e Rafael Sóbis? Tenho convicção que sim, desde que , claro, a gente trabalhe com um planejamento para o próximo ano, visando justamente a Taça Libertadores. Afinal de contas, vamos e convenhamos, esse Campeonato Brasileiro não nos trará muita coisa a não ser, um bom teste e uma boa preparação para 2007. Aliás, sabemos que muito provavelmente nossos principais adversários na Libertadores sairão daqui mesmo, de dentro do Brasil.
Perdemos Jônatas, e até agora nosso meio-campo se ressente de um toque mais eficiente e rápido naquele setor do campo. Temos um Luizão, jogador que poderia nos ser extremamente útil, visivelmente gordo. (obs: não precisa ser nenhum especialista, se você passar por ele ali nas imediações do Maracanã com a camisa do Flamengo, vai ver que ele parece muito mais com um pai de família indo assistir ao jogo do que com um atleta prestes a participar de uma partida oficial). Precisamos de um lateral esquerdo. Temos a questão da Petrobrás, que não nos paga e em contrapartida ocupamos cada vez mais nossa camisa com propaganda de produtos seus. Por outro lado, temos um técnico razoavelmente consciente, que tem boa noção de conjunto e que sabe e tem a coragem de mexer no time quando preciso (me parece um técnico mais do que suficiente para ganharmos a Libertadores). Temos um Leo Moura, um Sávio, um Obina (que é melhor que o Eto´o). E acima de tudo, temos uma torcida cada vez mais apaixonada e sempre presente quando o time precisa (já notaram a quantidade de camisas do Flamengo nas ruas recentemente?(após a Copa do Brasil))
O Flamengo urge de dirigentes que pensem o Flamengo como empresa. Que voltemos a ter planejamento, que voltemos a ter um plano de ação. Que se analise nossos pontos fracos e se procure repará-los. Que se pense pra frente e que se faça o que for necessário para garantir as condições mínimas para que esse plano possa se realizar. Chega de pensar exclusivamente no dia seguinte, em meramente fechar as contas do mês que vem (ou no nosso caso, do mês passado, do mês retrasado...).
Temos um ótimo "motivo" (ou "desculpa") para dar essa virada estrutural de gestão visando o ano que vem: a tão sonhada e almejada Libertadores. O Inter provou que dá para ser feito.
Mas para isso, planejamento tem que ser a palavra chave no Flamengo nesse segundo semestre.
segunda-feira, 21 de agosto de 2006
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