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O camisa 10 da Gávea

Celso Roth já deu declarações que mostram que não é cego: a marcação melhorou, é mais fácil destruir que construir, falta agora acertar a parte ofensiva da equipe. E isso passa, necessariamente, por dar ao meio-campo um mínimo de poder de criação.

Esse ano, o Flamengo já mandou embora dois armadores: Zinho e Adrianinho. Íbson não tinha exatamente este perfil, mas foi apontado no início da temporada como jogador-referência de nosso meio-campo - e também já não está entre nós. Caio parece prestes a também pegar o caminho da roça. Dos juniores, subiram e tiveram alguns bons momentos dois jogadores da posição, Geninho e Fellype Gabriel. Mas os dois, quando entram, têm sido aproveitados no ataque.

E aí? Quem é que vai fazer a bola chegar lá na frente?

Infelizmente, o fato é que não parece que teremos alguém chegando pra resolver o problema. Na verdade, trata-se de uma posição onde o futebol como um todo anda carente. Jogador de meio que joga mais à frente e tem alguma habilidade, rapidamente é transformado pelos técnicos em atacantes. E aí, cabeça-de-área que sabe tocar de lado já vira armador (Jônatas e Júnior são exemplos). Então, se tá ruim pra todo mundo, imagina pro Flamengo.

Dizem que o alvo da vez para a posição é Léo Lima. Não boto fé; nem que venha mesmo (gato escaldado...) nem que desse jeito no problema. Mas já seria melhor que nada. E, na verdade, nenhum que passou pela função esse ano convenceu, mas qualquer opção já é um avanço em relação a jogar só com cabeças-de-área. Chamem-me de louco, mas qualquer um daqueles meias que já nos deixaram vestiria melhor a 10 do que o Renato. O cara não é ruim, mas não é da posição - e nem finge muito que é, inclusive. No momento, a opinião é quase unânime entre os torcedores: deixem o Fellype ao menos tentar. É garoto, como quase todo mundo ali, mas é o que temos. Nos deixe ter esperanças, ao menos.

O desespero é tanto que um amigo meu já praticamente me convenceu de que a única solução seria trazer o Pet de volta. Pra vocês verem...

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"É falta na entrada da área - adivinha quem vai bater?"

Quem imaginaria naquela época que chegaríamos a isso?