Ô ô ô ô ô ô ô ô ô ô ô ô ô ô ô ô ô ô... Que torcida é essa?
65 mil pessoas numa segunda à noite, mais gente do que no clássico da outra semi-final.
A ola dando voltas no anel inteiro do Maracanã, voltas e mais voltas...
O que dizer?
Sobre o jogo, foi aquele famoso tá ruim, mas tá bom. O time correu muito, se dedicou e lutou o tempo todo e aí a torcida nem teve como pensar em vaiar eventuais erros e momentos ruins. Maracanã cheio pode ser, como dizia o poeta, uma faca de dois legumes, e o time soube se sair bem.
Ofensivamente, a equipe se movimentou bem, principalmente no primeiro tempo, sabendo abrir o jogo e alternar jogadas pelos dois lados e procurando trocar passes sem lentidão. A postura no início do jogo foi animadora, imprensando o adversário no campo dele, pra meter medo mesmo. Mas isso foi comprometido por atuações individuais tecnicamente ruins de jogadores como Fellype, Alessandro e, principalmente, Geninho e Renato. Estes dois apareceram bem pro jogo, cada um em sua ponta, e foram sempre bem abastecidos. Mas o Renato teve a incrível capacidade de escolher SEMPRE a jogada errada (chuta quando é pra cruzar, cruza quando é pra chutar, dá por baixo quando é por cima, dribla quando é pra passar...), e o Geninho tem que SEMPRE, mas SEMPRE MESMO, tentar um driblinho. Devo dizer que as cadeiras do Maracanã levaram alguns bicos meus por conta desse garoto.
Estiveram bem o Júnior, apesar de uma certa auto-confiança excessiva que às vezes põe tudo a perder, o Jônatas e o Adrianinho, esse principalmente no primeiro tempo. No geral, fora o pênalti, criamos umas três oportunidades em cada tempo, nenhuma daquelas imperdíveis. É pouco.
Defensivamente, não sei exatamente o que o Cuca planejou. Anunciaram antes do jogo que o negócio agora era o 4-4-2, mas sei lá se é isso o que tentaram mesmo. O Renato, que avançou muito mesmo, poucas vezes apareceu na lateral esquerda pra marcar. Eu poderia achar que na verdade o técnico tentou manter os três zagueiros, já que na direita o Ricardo Lopes não foi visto além do meio-campo; mas ele meio que não foi visto no campo de defesa também, havia um buraco gigantesco daquele lado do campo. Essa má colocação da marcação pelas laterais sobrecarregou os volantes e zagueiros, que mesmo quando a jogada se desenvolvia pelo meio tinham que se preocupar com quem estava se deslocando por ali, e acabou gerando o espaço para os contra-ataques do Volta Redonda. E vou dizer que houve um momento, quando ainda tava 0x0, em que se o Diego não nos salva saindo nos pés de um carinha de amarelo ali... Não sei não.
Agora, os dois garotos que entraram na zaga não nos deixaram sentir a menor falta nem de Fabiano nem de Júnior Baiano - muito pelo contrário. Jogaram simples e, mesmo nos piores momentos, não deram nenhum susto. O Flamengo podia tentar um recurso no STJD pra ver se essa suspensão aí dura até o fim do campeonato.
E o Túlio não me inventa de bancar o driblador contra o Flamengo de novo? É cada uma...
É bom dizer que o Volta Redonda não tremeu, jogou direitinho e a defesa deles não deu um mole sequer o jogo todo.
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