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As baianadas

Há um tempo atrás, eu escrevi um texto sobre o Junior Baiano. Dizia que por mais que ele jogue muito, nunca se sabe o que pode ocorrer. E no último jogo, tivemos o melhor exemplo de tudo isso. Deixo claro que gosto do Baiano, acho ele um jogador com qualidade técnica absurda, mas ele viaja demais.

Lembram da Copa de 98? Pois é. Guardadas as devidas proporções, o que ele fez com o Túlio foi exatamente a mesma coisa do que com o norueguês. E o juiz pegou, nos dois casos. Sabe quando o Túlio faria aquele gol? Nunca. Nem que cruzassem aquela bola 800 vezes na área. Mas o baianão foi lá e jogou o marketeiro no chão. E isso nos custou um pontinho precioso nesse estadual doido.

O pior não foi isso. Não satisfeito, xingou até a 18ª geração da família do Tardelli, foi expulso, vai desfalcar o time no clássico crucial contra o Botafogo, saiu fazendo gestos e corre o sério risco de pegar um gancho no tribunal. Tudo isso no mesmo dia que saiu uma entrevista dele n'O Globo falando sobre sua carreira e que sempre foi perseguido. Faça-me o favor.

E agora? Como vamos pro jogo que pode definir nossas pretensões nessa curtíssima Taça Rio? Noves fora o tempo que não ganhamos da cachorrada (se não me engano, quatro jogos), iremos com Fabiano e mais um na zaga já deficiente e desesperados pelo resultado. Se perder fica difícil ao extremo. E ainda tem um jogo no meio da semana que pode (bate na madeira) tirar mais um do clássico com alguma contusão. Ah sim, Da Silva saiu do jogo preocupa, mas ainda é cedo.