O fator arbitragem
Uma das coisas que mais me preocupam nessa reta final do Campeonato Brasileiro é a arbitragem. Não quero crer que árbitro A ou B entre em campo disposto a ajudar ou prejudicar este ou aquele time. Mas a quantidade de equívocos registrada até agora leva a pensar que qualquer erro mais grave, daqui para frente, pode determinar o cutelo sobre o pescoço de milhares ou milhões de torcedores. E isso é assustador.
Já vimos, em 2002, uma arbitragem desastrosa de Giuliano Bozzano prejudicar claramente o Flamengo diante de um Palmeiras. O jogo foi 1 a 1 porque aquele Flamengo jogou com bravura e tinha Liedson no ataque - não Jean.
Ontem, a determinação de Leonardo Gaciba em mostrar o cartão vermelho a Junior Baiano desapareceu por completo quando um esquentado Rodrigo Fabri, já amarelado, poderia ter ido para o chuveiro naquele m0mento. Mario Sergio, macaco velho, aproveitou a gentileza de Gaciba. Substituiu o camisa 10 imediatamente. Convenhamos: muito estranho um juiz não apresentar amarelo para ninguém depois daquele empurra-empurra. Sem falar, claro, do terceiro e quarto gol, em que alguns jogadores do Atlético-MG mostraram jogar bem com os braços.
Não peço arbitragens favoráveis. Apenas isentas. E que em meio a esse caos, a diretoria do Flamengo tenha a astúcia de trabalhar nos bastidores. De ruindade já basta o time.
* Gaciba, lembra o caro Patrick Langerfeld, é o mesmo que em 2003 estendeu os descontos de Ponte Preta e Flamengo por longos oito minutos até que o time de Campinas empatasse, num gol de cabeça do goleiro Lauro. E no último jogo contra o Santos, poderia ter dado um pênalti numa bola chutada por Jean em direção ao gol que foi interceptada com o braço por um zagueiro.
segunda-feira, 15 de novembro de 2004
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