terça-feira, 9 de novembro de 2004

Bola quicando na área...

Deve ser a idade... Sou do tempo em que artilheiro fazia gol, aos montes. Lembro do Evaristo, craque completo, de deixar o torcedor na certeza do gol. Lembro de tantos outros, Índio, Benitez, Henrique Frade, até ponta esquerda (bons tempos...) virava atilheiro, Esquerdinha, Zagalo (...naquele tempo se escrevia com um L só, não tinha esta frescura de hoje!).

Dida, um caso à parte! Certeza do gol, bola quicando na área era dele, todas! Marcou época, fazia gols lindos, plásticos, pura malícia, não fugia do pau, a zaga do Vasco- Beline e Orlando - do pescoço prá baixo era canela! E Dida bailando, deixando todos malucos!

Lembro do Pernambuquinho Almir, raça pura, goleador sem medo, dividia com os zagueiros, adorava uma cara feia,rachava e metia nas redes! E um pouco mais recente, Doval, ídolo de todos os rubro-negros. Até Baltazar, chamado Artilheiro de Deus, fazia gols um atrás do outro, fominha como ele só!

Zico! Puro enlevo! Mais que a certeza do gol! De todas as formas e jeitos! Cada um mais bonito que o outro! Noventa e nove por cento de inspiração e um por cento de transpiração! Eu vi!

Bom... tudo isto para dizer que hoje fico dependendo dos gols(?) do Jean, triste figura, lembra Sancho Pança... O que aconteceu com o futebol? Onde os artilheiros? Será que é tão difícil empurrar uma bola para as redes?

Sofre o torcedor, tenta gritar e empurrar a bola, mas os pés de Jean não obedecem, deve estar com as chuteiras trocadas... E eu, que vi tantos e tantos verdadeiros artilheiros...

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