Drucker, o peixe e o gato
O octagenário Peter Drucker, tido como o papa da administração moderna, escreveu há 40 anos uma linha de pensamento que se mantém atual:
"O propósito de construir o futuro não é decidir o que deve ser feito amanhã, mas o que precisa ser feito hoje, para que haja um amanhã".
Saindo do academicismo, lembro-me de uma expressão popular - frite o peixe e olhe o gato. Tanto uma como outra são perfeitamente aplicáveis ao Clube de Regatas do Flamengo. Para que haja um amanhã, é preciso construi-lo hoje. E esse hoje começa por fazer tudo para impedir a desgraça maior, a queda para Série B do Campeonato Brasileiro.
Não milito entre os que acreditam que quanto pior, melhor, ou que só mesmo um rebaixamento levaria o Flamengo à reestruturação. A imagem de um clube vencedor forjada nos anos 80 e princípio dos anos 90 já sofreu muitos arranhões - que não tenhamos mais este.
Por isso, acho que a contratação de Dimba - acertada pelo currículo do jogador e errada pela forma com que foi concretizada - foi o "que presisava ser feito hoje" preconizado por Drucker. Acusar Junior, entretanto, pela situação atual é desconsiderar que todo o trabalho feito visando o futuro não foi feito "ontem".Com Junior ou sem ele, o Flamengo precisa ter um amanhã, que não existirá com táticas meramente imediatistas. Frite-se o peixe, sim, mas de olho no gato.
terça-feira, 3 de agosto de 2004
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