Conheça o novo integrante do Blog da Flamengo NET
O Blog da Flamengo NET tem um novo membro: João Lopes Filho, 33 anos, formado em engenharia química, roteirista de HQ e genealogista. João tem como hobby manter um ótimo banco de dados sobre o clube. Sua maior alegria como torcedor, óbvio, foi o Mundial de 81. Sua primeira vez no Maracanã foi em 1979, no 1 a 1 com o Vasco (golaço de cabeça do Zico).
Leia aqui seu texto de estréia no Blog:
Final de campeonato? O que é isso?
Antes de tudo, quero manifestar minha alegria em ter sido convidado para fazer parte do Blog. Como esta é minha primeira ?crônica?, tenho que me apresentar. Meu nome é João Simões Lopes Filho, carioca, nascido em 1970.
Desde que me entendo por gente torci pelo Flamengo, mesmo sendo filho de botafoguense e sobrinho de vascaíno. Já me considerava Flamengo bem antes de começar a acompanhar os jogos, algo que só aconteceu a partir de 1978, devido à agitação da Copa do Mundo. Quis o destino que meu ?primeiro? campeonato fosse justamente o Carioca de 1978. Jamais vou esquecer a emoção do gol do Rondinelli, aos 41 min do segundo tempo. A partir daí foi uma avalanche de alegrias: quebras de recordes, goleadas avassaladoras, viradas inacreditáveis, quebras de tabus, e ZICO. Nesta época era como ter um super-herói no time. O jogo podia estar difícil, complicado, mas sempre tínhamos a esperança de que Zico nos salvaria. E salvava.
Para se ter idéia de como o time era bom, demorei mais de um ano para descobrir que havia algo chamado ?Decisão do Campeonato Carioca?. Como o Flamengo havia sido tricampeão ganhando TODOS os turnos, eu pensava que para ser campeão era necessário ganhar todos os turnos também. Depois vieram os Brasileiros, a Libertadores, o Mundial. Quem viveu como torcedor esta época de 78 a 83 já pode se dar como satisfeito para sempre. É difícil explicar para quem não viveu isto, ou quem ? coitados ? torcia para outros times.
De lá para cá, o time nunca mais foi o mesmo, embora tenha havido em três épocas diferentes, momentos que me fizeram lembrar vagamente aquele time da Era de Ouro: O time de 87/88, que conquistou a Copa União e a Taça Guanabara, o time de 89 treinado pelo Telê, e aquele time de 2001 (numa fase que durou apenas um mês) com o tricampeonato e a Copa dos Campeões. Zico foi embora, voltou, e encerrou a carreira. A partir daí, nunca mais veria o futebol da mesma forma. Acho que o Morais Moreira acertou em cheio nestes versos de 1985:
E agora como é que eu fico, nas tardes de domingo, sem Zico no Maracanã
E agora como é que eu me vingo, de todas derrotas na vida,
Se a cada gol do Flamengo eu me sentia um vencedor
Em 1991, freqüentando os sebos do centro da Cidade, comprei muitas revistas Placar antigas, e me interessei por relembrar aquela época. Pesquisei em jornais antigos da Biblioteca Nacional, anotando escalações e artilharias dos times campeões. Depois em 98, me interessei em pesquisar também os campeonatos que o Flamengo não ganhou, ficando assim com um banco de dados cobrindo os jogos oficiais de 1949 até o presente. Também sempre que acho, compro fitas de vídeo de campeonatos antigos.
Nos últimos anos, vivemos uma Era de Ouro às avessas: vexames, tabus negativos, decepções, jogadores ridículos vestindo a nossa camisa, dirigentes picaretas, desfalques milionários. Para aqueles que como eu, começaram a torcer numa época em que o time estava no topo, viver o atual momento é uma verdadeira agonia. Mudar de time? JAMAIS.
Uma vez Flamengo, sempre Flamengo.
quinta-feira, 29 de julho de 2004
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