O mal do Flamengo é querer pensar na solução, antes de pensar no problema.

Valorizo todos os esportes olímpicos que o Flamengo possui. Sei que cada modalidade tem a sua importância, incluindo nisso até a bocha. Entretanto, o que move o clube não são as piruetas dos irmãos Hipólito, nem as braçadas magistrais de César Cielo, ou um campeonato conquistado pelo remo na Lagoa Rodrigo de Freitas. O que renova esta torcida, o que incendeia esta Nação, é o futebol, esporte que parece ter ficado em segundo plano na gestão Patrícia Amorim.

Ora, e a presidente sabe disso sim, afinal, não vimos carreata em carro de corpo de bombeiros com a delegação campeã do remo, ou com os ginastas e demais atletas que conquistaram medalhas ou índices olímpicos, desfilando, ou comemorando com Mc´s fuleiros e festejando suas glórias pessoais em qualquer evento de grande porte, ou de imensa repercussão. A rotina cansa e, se não há uma efetiva transformação na atitude, tudo fica à mercê do acaso. E o mal do Flamengo é querer pensar na solução, antes de pensar no problema. Realmente há otimismo para se pensar em hepta?

E pelo andar da carruagem, puxada pelo burro Joel Santana, a coisa não vai mudar. A conivência falou mais alto, a culpa nunca é de quem efetivamente causa o mal. Então, serão dias sem futebol, mas com muita angústia. Aquele quem vai, quem vem ou quem permanecerá neste vai-e-vem no estilo coito mal dado, nos fodendo a paciência? Ficaremos a mercê dos olhos tendenciosos daqueles setoristas que informam que fulano treinou, beltrano não veio ou que a ressaca virou indisposição intestinal. Ah, que se dane o que os torcedores pensam!  E o que nós podemos fazer? Nos associar e mudar. Senão, nem adianta coluna em blog, mimimi em rede social ou berros de ordem em forma de Hashtag nos Trend Topics. Isso não conta voto.

Como já escrevi certa vez e agora volto a enfatizar: O Flamengo não muda os torcedores, os torcedores é que mudam o Flamengo. Torcedores como eu e você é quem devolve o Flamengo a si mesmo.

 Bruno Cazonatti

@cazonatti