quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Joel precisa usar melhor opções do elenco do que em 2008



Após a campanha épica de 2007, Joel Santana ganhou de presente para 2008 um forte time titular sem nenhuma perda (então o terceiro melhor do Brasileiro) e reforços de bom nível para formar um elenco de peso: o meia-volante Kleberson, a jovem revelação Diego Tardelli e o meia-atacante Marcinho. Além do volante e lateral-direito Gavilán e o zagueiro Rodrigo. Diversos problemas fizeram cada um dos reforços não render o que poderia com a exceção de Marcinho. Parte desse problema teve a ver com a dificuldade do papai em criar variações táticas no time.

Durante todo 2008, Joel usou apenas uma vez Renato Augusto como meia, manteve Souza como titular mesmo com a fase melhor de Obina e brigou com a realidade por meses ao manter Marcinho no banco embora sua entrada sempre desse velocidade ao time e permitisse que o camisa dez pudesse se deslocar e jogar mais próximo de sua posição ideal.  Ao invés disso, Joel insistia em Jaílton de terceiro zagueiro com Leo Moura e Juan de alas para que Ibson armasse para os atacantes Renato Augusto (improvisado) e Souza. Repare: a torcida do Flamengo viu muito pouco do meia em sua posição original em dois anos no time titular.

Na partida de hoje, o Flamengo teve o velho problema da falta de presença de área por jogar com um centroavante improvisado. Até a lentidão, marca de 2011, melhorou com a presença de Bottinelli e Luiz Antônio e o bom começo de temporada de Leo Moura, os três criaram várias ultrapassagens. Infelizmente no segundo tempo, Joel preferiu manter os três volantes, entrou com Negueba no lugar do argentino e o segundo tempo foi uma sucessão de horrores técnicos com Ronaldinho e Renato Abreu se revezando na função de armação. Papai tinha como opção manter o argentino, usar Camacho e até mesmo contar com o promissor Thomás. Mas ele adotou Neguebinha e a gente já viu esse filme...

O elenco do Flamengo chegou em uma quarta colocação em um Brasileiro disputado em 2011. Perdeu dois titulares importantes, mas ainda é um grupo forte com algumas carências (especialmente na zaga). Joel tem experiência e opções para ser mais criativo do que seguir a velha fórmula de um time defensivo no primeiro tempo com a entrada de um Iranildo/Dimba/Xodó no segundo tempo para soltar. Nesse retorno ao Flamengo, precisa superar seu principal ponto fraco: o conservadorismo em mexer entre os titulares e usar mais do que doze ou treze jogadores no elenco. A torcida agradeceria se visse mais criatividade do que fazer duas mudanças apenas depois dos 40 do segundo tempo.


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