Vai começar a luta pelo tão cobiçado Bi da Libertadores e o Flamengo vai entrar em campo para disputar as duas primeiras decisões de 2012 jogando lá no rodapé do céu contra o Real Potosi onde falta oxigênio e o ar rarefeito vai dificultar ainda mais o desempenho da nossa equipe que buscará não somente tentar jogar futebol mas também sobreviver em campo e quando se tem um jogo disputado lá no terraço das Américas há teses e teorias que apontam os efeitos nocivos ao organismo do atleta mas mesmo que as mitocôndrias ou os glóbulos vermelhos dos nossos jogadores já estejam adaptados ao ambiente eu fico receoso com o desempenho do time pois se nem no nível do mar os caras estão fazendo muito esforço para correr imagine lá na Bolívia onde já ter dois pulmões é pouco entretanto o jeito é segurar nas mãos de São Judas e torcer para que algum jogador esteja inspirado ou iluminado para trazer um bom resultado pois é preciso ter muita fé e sorte já que ultimamente lampejos de um verdadeiro Flamengo têm sido cada vez mais raros e mesmo com todo o rebuliço político e as mazelas que rondam o dia a dia do clube eu me apego no clichê e torço realmente para que nos momentos de crise a gente cresça como rubro-negro torcedor dirigente ou presidente pois mesmo que este texto esteja propositalmente sem pontuação que lhe permita a respiração normal ao lê-lo e que estas linhas fiquem insuportavelmente sem pausa para que você levemente sinta um desconforto tipo efeito Potosi vale o esforço mesmo sem ar para demonstrar apesar dos pesares o nosso apoio ao time porque a gente sabe que amar o Flamengo é encontrar um refúgio para respirar.
Bruno Cazonatti@cazonatti
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