Falta de cultura sul-americana explica fracassos do Flamengo
Andrade falhou, Zagallo também e nem mesmo Rogério conseguiu passar de LaU ou vencer uma Libertadores. Você pode culpar Vanderlei Luxemburgo, os jogadores, presidentes ou o seu comentarista favorito. A verdade é que o Flamengo em um passado recente só foi bem em uma única competição intercontinental: a extinta copa Mercosul (equivalente à sul-americana) com Carlinhos, Lê e cia.
Apenas um time pode ser campeão dessas competições e de todos os outros eliminados só o Flamengo segue uma rotina constante de eliminações vexaminosas. Viradas improváveis (em 2008), perda de vaga para times reservas (em 2009) e, eventuais crises de elenco (em 2007). Em todas essas derrotas o culpado era o técnico, o jogador-problema ou o(a) presidente. Mudaram todos os atores, mas o desfecho é sempre o mesmo.
Se a única constante é o Flamengo, é óbvio o que deve mudar. Tradição o clube teve apenas na era Zico, mas fora dela fracassou diversas vezes. É bem óbvio que há dificuldades para triunfar onde times como o Internacional acumularam diversas glórias em dez anos (nesse período o Flamengo conseguiu, finalmente, ultrapassar as oitavas de final da Libertadores o que não conseguia desde os anos 90).
Culpem o elenco, os jogadores, a torcida... A verdade é que falta ao Flamengo a noção do que são essas competições intercontinentais, como os seus times vêem esses jogos e até mesmo o funcionamento da arbitragem. Quantas dessas eliminações não foram marcadas por expulsões tolas? Se há clubes como o Boca e o Inter que sempre entram fortes nessas competições, alguma(s) coisa(s) fazem que as gestões rubro-negras não fizeram.
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Havia menos de dez mil pagantes no Engenhão para assistir LaU triunfar no Engenazzo. Fica a lição para a diretoria de que não adianta jogar em casa e abrir mão do fator torcida. Se é que essa diretoria ainda se importa com isso.
quinta-feira, 20 de outubro de 2011
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