quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Feliz ano novo

Mauricio Neves (@flapravaler)

Quando espocam os fogos nos primeiros minutos do ano, eu sempre penso: como assim? O ano novo é só a metade das férias do futebol. A vida como ela é, tal como a conhecemos, só recomeça com o primeiro jogo do Flamengo no primeiro campeonato. A partir daí é que começamos a conciliar compromissos com a tabela de jogos, mesmo que a gente tenha jurado em alguns momentos da última temporada que jamais faríamos a agenda em função do Flamengo outra vez.

A vida recomeça quando a bola rola, mesmo que seja um Volta Redonda. É um adversário que não diz nada, a quem dedicamos lembranças periféricas. A virada suada no campeonato carioca de 1981, gols de Zico e Nunes. A reabertura da Gávea para jogos oficiais em fevereiro de 1988, com o mesmo Nunes jogando e abrindo o placar para o Volta Redonda. Depois Bebeto empatou, Leandro virou – o último gol dele com o Manto – e Luís Henrique passou a régua, 3x1. Teve aquele dramático 3x3 no Raulino de Oliveira, em 1995, quando Charles Guerreiro marcou o primeiro dos dois gols que faria pelo Flamengo. Mas é só isso, pequenas lembranças de uma desgastada mente rubro-negra. O Volta Redonda é menos do que uma nota de rodapé em nossa história.

Até acho que o auri-negro (hm?) vai incomodar hoje. Estão treinando há três meses, é um time pronto fisicamente, e o Flamengo 2011 ainda é uma massa disforme. Não precisa ser vidente para prever que vamos nos irritar com Fernando Casalberto e Renato Saci, e que a bola vai sofrer para chegar até o Deivid. Mas não importa. Estaremos – no estádio, pela TV ou pelo rádio – com a mesma esperança de todas as aberturas de todas as temporadas: agora a coisa vai.

Feliz ano novo, rubro-negros.

Flamengo Net

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