“Ronaldinho vai ficar bem longe do Rio” (Sanchez, Andrés)

1985. Após uma longa e delicada negociação que durou meses, onde

No que deu: logo em seus primeiros jogos, o Galinho mostra potencial para fazer o Flamengo voltar a voar muito alto. No entanto, um coice de um obscuro lateral do Bangu quase lhe abrevia a carreira. A saga de sua recuperação intensifica ainda mais o amor da Nação Rubro-Negra a seu ídolo. Zico participa da conquista do Estadual de 86 e é fundamental na campanha do tetra brasileiro, em 87. Ao parar, torna-se divindade. SÓCRATES
1985. Desiludido com o futebol italiano, e sem paciência para enfrentar a dura rotina de treinamentos européia, Sócrates resolve voltar ao Brasil após frustrada passagem pela Fiorentina. Assediado pela Ponte Preta, fecha com o clube de Campinas e é apresentado em rumorosa festa. Mas, quando vai assinar o contrato, percebe que várias cláusulas contrariam o que foi acertado e desiste do acordo, num dos maiores micos da história do futebol brasileiro. Atento, o Flamengo reativa a parceria com Steinberg e traz o craque, montando a dupla Zico-Sócrates, sonho de consumo de todos nos anos 80.
No que deu: A passagem do Doutor é marcada por contusões graves. Logo nos primeiros treinamentos, o craque fratura o tornozelo e perde toda a temporada. No ano seguinte inicia bem, participa com Zico dos históricos 4-1 no Fla-Flu, mas viaja para disputar a Copa. No retorno, uma hérnia de disco o afasta mais alguns meses. No final de 86 volta e exibe a velha classe, sendo destaque em vários jogos. Contudo, não impede a eliminação do jovem time flamengo do Brasileiro. Logo depois, desgastado com os salários atrasados e com a rotina de treinos, abandona o futebol temporariamente. RENATO

1987. Renato vive o apogeu de sua forma física e técnica, mas está entediado com o Grêmio. A diretoria gaúcha simplesmente não sabe mais como lidar com o comportamento imprevisível do temperamental jogador, que faz o que quer, joga quando quer e desfruta de regalias impensáveis (é o único atleta do elenco a ter direito a possuir um carro vermelho, por exemplo). Mas seus faniquitos criam uma situação insustentável, e quando o Flamengo, novamente respaldado por Steinberg, acena com uma boa compensação financeira, o clube gaúcho resolve se livrar do craque. Mais tarde, irá se arrepender. (Logo após ter sido fechado o negócio, Steinberg morre num acidente automobilístico).
No que deu: Poucos jogadores personificam uma relação de amor e ódio tão profunda com a Nação como Renato. Apaixonado pelo Flamengo e pelo RJ, o craque é deus e diabo nas suas quatro passagens pelo clube. É decisivo nas conquistas do Brasileiro de 87 e da Copa do Brasil de 90. E nunca mais deixa de citar o Flamengo, seja para externar paixão ou rejeição. Jamais indiferença. ROMÁRIO

1995. Poucos levam o recém-empossado presidente Kleber Leite a sério, quando este proclama que trará o melhor do mundo para a Gávea. Uma foto de Romário tirada no final de 94 com a camisa do Flamengo provoca chacota. Mas, numa transação extremamente complexa, que envolve diversas idas e vindas no eixo Barcelona-RJ, e contando com a vontade decisiva do jogador, que julga ser a hora de voltar à sua terra natal após se consagrar, o Flamengo, para incredulidade de todo o país, apresenta Romário no início do ano.
No que deu: o excesso de festas e regalias marcam as três passagens de Romário pelo Flamengo. Individualmente o Baixinho vai até bem, é artilheiro, mas jamais consegue conduzir a equipe para conquistas maiores do que os Estaduais de 96 e 99. O “efeito bad-boy” demorará anos para se dissipar da Gávea. EDILSON

2000. Escorado no dólar fácil da ISL, o Flamengo vai às compras e monta uma equipe verdadeiramente galáctica, cujo maior expoente é Edílson. Após uma ferrenha disputa com o Vasco, o Flamengo faz valer a vontade do jogador e consegue trazê-lo para a Gávea. Dentre todas as estrelas trazidas pela diretoria, Edílson é o mais badalado e mais festejado.
No que deu: Edílson logo se identifica com a Nação, pelo seu temperamento irrequieto e sua capacidade de decidir jogos importantes, como nas conquistas do tri estadual e da Copa dos Campeões, ambos em 2001. Mas os problemas de relacionamento com outros jogadores, aliados à péssima gestão do elenco, acabam minando seu prestígio, e sua saída não é lamentada. Mais tarde, Edílson retornará à Gávea e terá passagem discreta. Poderia citar inúmeros outros exemplos (Fillol, a volta de Bebeto,

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