sexta-feira, 9 de outubro de 2009

COLUNA DE SEXTA-FEIRA - André Monnerat

O time para o jogo de amanhã

Ficou claro pelos resultados da rodada: os desfalques dos jogadores que foram para a Seleção pesam pra todo mundo. Assim como Adriano poderia ter sido determinante para uma vitória rubro-negra em Salvador, os desfalques de Palmeiras, Atlético-MG e São Paulo também contribuíram para seus tropeços. E fica agora a sensação de que o Flamengo, com aquele empate, perdeu uma grande chance de entrar de vez na briga.

Mas o fato é que teremos mais uma rodada com os times desfalcados. Quem tiver aprendido melhor as lições dos maus resultados passados vai se dar melhor.


No caso do Flamengo, mudanças em relação ao jogo contra o Vitória serão obrigatórias, graças à suspensão de Aírton e Léo Moura. No lugar do lateral, a solução óbvia é a entrada de Éverton Silva. Mas é a saída de Aírton que pode forçar o Flamengo a mudar algo em seu jeito de jogar.

Na partida passada, motivado pelo sucesso do segundo tempo do Fla-Flu, Andrade voltou a usar Willians mais à frente do que está acostumado. Normalmente, não dá certo - e não deu de novo. Desta vez, Willians não jogou tão aberto quanto no Maracanã; não conseguiu armar o jogo por ali, nem criar opções de jogada com Léo Moura. Com Pet, Éverton e Zé Roberto jogando sempre pela esquerda, o time ficou torto demais.  E até a marcação no meio, que deveria ter sido reforçada com a presença de três volantes, não funcionou lá muito bem no primeiro tempo - foram vários os lances em que jogadores do Vitória avançaram por toda a nossa intermediária com a bola dominada, sem serem incomodados até encararem nossa defesa já na entrada da área.

Se Andrade preferir manter o desenho da partida anterior, pode simplesmente colocar Toró no lugar de Aírton. Mas há outras opções possíveis e bem mais ofensivas, com o recuo de Willians para a cabeça da área e a entrada de Juan na lateral esquerda. Éverton avançaria e poderia tanto jogar na meia-esquerda, com Pet mais para a direita, com o time jogando num 4-4-2, quanto formar um trio de ataque com Zé Roberto (que seria deslocado para a direita) e Dênis Marques. Foi algo mais por aí que Andrade tentou com sua substituição no segundo tempo da partida contra o Vitória - mas o time precisaria render bem melhor do que aquilo contra o São Paulo.

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É bom que Dênis Marques durma direitinho esta noite, cuide de sua alimentação, faça sessões com psicólogos ou mestres da hipnose, enfim - faça o que for preciso pra entrar jogando bem já de início. O cara está visado e, se as coisas não começarem a dar certo de cara, é bem óbvio que a torcida vai pegar em seu pé - quer gostemos disso ou não.

Mezenga entrou contra o Vitória, matou mal uma ou duas bolas, deu um chute na arquibancada - mas acabou, bem ou mal, dando o passe que iniciou o lance do gol de empate. Ou Dênis Marques começa a render, ou é provável que o garoto tenha outra chance amanhã.

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Acho que, dos líderes que tropeçaram na última rodada, o que sentiu menos o desfalque de seu convocado para  a Seleção foi justo o São Paulo. Eles tinham mais perdas além de Miranda, que provavelmente pesaram mais do que sua ausência para o mau resultado - e todos eles retornam ao time amanhã.

Mas, além de Miranda continuar fora, André Dias se contundiu e também não jogará. O Flamengo não terá Adriano na frente, mas enfrentará a zaga reserva de seu adversário. E ainda acredito que, com Júnior César em campo, o lado direito do nosso ataque pode ser um bom caminho para construir a vitória.

- ANDRÉ MONNERAT trabalha com marketing e Internet e escreve também no SobreFlamengo

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