Na terça-feira passada, volto do trabalho com bastante cansaço e desânimo. Era o primeiro dia útil após o jogo patético no domingo passado. Poucas vezes fiquei tão triste com um time do Flamengo. Não só pela atuação em si, mas por ser no meio da situação que vivemos.
Ao chegar em casa meu porteiro me saúda com um cumprimento mais efusivo do que de costume. Cabe um intervalo nessa história: quando cheguei para morar nesse prédio, seu Zé perguntou se era do Rio e rapidamente me questionou com certa tensão:
- É vascaíno?
Respondi rapidamente que não. Ao dizer meu time, seu Zé quase pulou. Achara mais um flamenguista na terra da Garoa. Desde então, frequentemente trocamos idéias rápidas sobre o Flamengo. Entretanto, na terça-feira mal reconheci meu zelador que animado dizia: "olha, chegou um envelope pro senhor que é só pra gente inteligente!" No remetente os dizeres: "Clube de Regatas do Flamengo".
Ao chegar em casa abri rapidamente. Era um diploma (imprimido de forma bem ruim, aliás), um boleto comprovando o pagamento da taxa de inscrição e mensalidade, a revista Fla-Gávea (que me fez sentir ainda mais saudades da excelente Revista do Flamengo publicada na primeira era Kléber Leite) e... a carteirinha. Sócio Contribuinte Estadual.
Agora, sou sócio Off-Rio. Se o Flamengo não é como queremos, a única saída é entrar e mudar. Daqui de São Paulo, espero contribuir um pouco com essa mudança. E ter menos dias como os de terça e mais noites como... a de terça. Eu não lembro a cor do envelope ou da roupa que vestia naquele dia, mas por dentro era rubro-negro.
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Aproveitando a deixa, criei uma lista de discussão para todos os sócios Off-Rio. Você mesmo longe da Cidade Maravilhosa se associou ao clube entre e participe.
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