sexta-feira, 25 de setembro de 2009

COLUNA DE SEXTA-FEIRA - André Monnerat

O time para o jogo de domingo

Andei escrevendo no SobreFlamengo, depois do jogo de domingo passado, sobre a importância que esta partida contra o Inter terá como um teste do que o Flamengo pode fazer ainda neste Brasileiro. Se as vitórias contra Santo André, Sport e Coritiba no Maracanã eram obrigatórias, é incontestável que o time venceu e convenceu. Agora, é questão de ver como esta equipe pode se sair contra adversários mais fortes - e eles serão muitos, até o fim do campeonato.

E eu também chamava a atenção para isto: se o Flamengo quer sonhar com G4, é preciso arriscar e tentar vencer sempre - independente do adversário, independente do estádio. Empatezinhos que seriam bem vistos em outras situações, neste momento, seriam inócuos e suficientes apenas para o time se manter numa posição medíocre na tabela.

Pois bem: depois desta matéria publicada no LanceNet, ficou parecendo que eu havia escrito depois de conversar com Andrade. Se antes ele falava sobre a necessidade de ser mais cauteloso fora de casa e acenava com um empate no Beira-Rio, o discurso mudou totalmente. Se será posto em prática, vamos ver no domingo.

Hoje, o treino tático no Ninho do Urubu foi secreto, e os jogadores evitaram falar no que foi treinado. Me permitam aqui especular que, de repente, as ideias de Andrade possam estar em sintonia com as minhas não só nos objetivos e posturas, mas de repente também na parte tática. Com a volta de Juan (pelo menos ao banco de reservas) e as seguidas más atuações de Dênis Marques no ataque, quem sabe o treinador não esteja preparando a utilização, ainda que seja durante os jogos, daquele 4-3-3/4-4-2/4-5-1 sobre o qual já escrevi aqui?

Eu não me surpreenderia - a não ser que ele venha de início de jogo. De começo, a escalação deve ser mesmo quase a mesma que iniciou a última partida, apenas substituindo o suspenso Bruno por Diego. A única alteração que não me causaria surpresa nenhuma seria a entrada de Zé Roberto no lugar de Dênis Marques - uma opção que me parece bastante possível.

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O Inter entrou na última partida pela Sul-Americana no 3-5-2. Não com aquele discurso manjado de liberar os alas - não era o caso; a ideia era mesmo reforçar a defesa, que vem tomando muitos gols ultimamente. Não deu certo; o time ficou carente na armação, dependendo só de D´Alessandro; nessa, Guiñazu, Fabiano Eller e outros começaram a querer avançar para ajudar a resolver, os espaços apareceram e o Universidad saiu na frente. Tite logo desfez o sistema e lançou Andrezinho como um segundo meia armador, o que melhorou muito a produção ofensiva do time.

Ninguém tem certeza de qual será a escalação do Inter para domingo, até porque D´Alessandro andou sentindo uma contusão. Caso Tite repita o esquema que iniciou o jogo de quarta, a receita pra parar o Inter é até bem simples: vigiar de perto o único meia armador do time, de preferência marcando zona, para que sua movimentação não carregue alguém junto pra qualquer lado e abra espaço para a chegada de trás dos volantes. Foi o que o Universidad fez e o Inter não conseguiu andar, até mudar seu esquema. Se o Colorado vier com D´Alessandro e Andrezinho, a situação complica um pouco mais - até porque o ex-rubro-negro joga muito pela direita do ataque, o que daria a Éverton um trabalho defensivo bem maior do que teve até hoje nesta sua fase de lateral.

Eu também não me surpreenderia se Tite der novamente a vaga de titular a Táison, que tem ficado no banco. Ele poderia ser opção para os lugares de Edu, Alecsandro ou mesmo D´Alessandro, e em qualquer hipótese poderia deixar o time mais perigoso. Esperemos que as dicas defensivas do espião Álvaro ajudem Andrade a matar qualquer arma secreta que Tite possa ter.


- ANDRÉ MONNERAT trabalha com marketing e Internet e escreve também no SobreFlamengo.

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