Resenha de quarta
Mais do mesmo (ou ecos de mais um vexame anunciado)
Como torcedor, seria ótimo ver o Flamengo em mais uma final, lutando por mais um título nacional. Porém, sabemos que, ao mesmo tempo, seria premiar a mediocridade que impera na Gávea, em todas as esferas. A impressão que se tem é que, como alguém bem observou em comentários do post do Alex, na segunda, é que essa mediocridade se tornou de tal maneira endêmica que não parece que uma mudança de treinador, ou a dispensa das "laranjas podres" do elenco, ou ainda trocar somente o presidente é que vai mudar o estado de coisas.
A começar pelo estatuto arcaico que concentra na mão de uma minoria o direito de definir quem vai mandar na instituição. Depois, na montagem de feudos que impedem o desenvolvimento PROFISSIONAL do departamento de futebol de forma plena, quer seja na parte técnica-operacional, ou na captação de recursos e/ou gerenciamento de novos projetos para inserir o Flamengo no século XXI, no que se refere ao aumento de receita.
Quando a gente tem todos esses problemas, percebe-se que os vexames no campo – que, para o torcedor "comum", são os que contam – estão longe de ser aspectos isolados. São, sim, a ponta de um problema cada vez maior. Quando a falta de comprometimento de uma "meia dúzia" de jogadores consegue ser suficiente para minar o trabalho de um treinador – diga-se de passagem, com o aval do feudo, ops, da diretoria, é porque, como se diz na gíria, "a banana está comendo o macaco e o poste fazendo xixi no cachorro".
E nós? O que podemos fazer? Eu vou fazer minha parte, e mesmo sabendo que nem todos podem fazer o mesmo, vou me tornar, sim, sócio off-Rio (ainda que eu esteja dando meus suados dinheirinhos pra essa corja), pra poder, daqui a pouco, fazer algo concreto pra ajudar.
Sobre o time, tem pouco a ser falado. A falta de culhões da diretoria é tão grande que não tem peito pra mandar o Cuca embora – porque é isso que eles desejam, já ficou claro. Da mesma forma, não tem culhões para bancar as decisões do treinador de tirar as "laranjas podres" – que todos já sabemos quem são, não preciso citar.
Domingo, contra o mistão do Inter, o que eu gostaria de ver, de verdade, é comprometimento. Entendimento do que significa esse uniforme, esse escudo, essa torcida. Do que é o Flamengo. Se tiver isso, já melhora bastante. E te digo que não é difícil não: basta ver o que o basquete está fazendo.
Grande abraço, até quarta que vem.
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