quinta-feira, 5 de março de 2009

Com o pé direito

É sempre bom estrear em dia pós-goleada. Vamos às apresentações: sou Octavio Penna Pieranti, jornalista e, óbvio, rubro-negro - desses que veste, como primeira camisa logo quando nasce, o Manto Sagrado e deixa a maternidade com pressa porque o pai tem que assistir a um jogo decisivo do Flamengo (no caso, contra o Cobreloa, no dia 13/11/1981, primeira parte da final da Libertadores).


Por razões pessoais que geram uma falta de tempo absoluta, meus comentários aqui, por enquanto, serão menos freqüentes que uma boa atuação do Obina. Isso explica a demora de várias semanas que separam esta mensagem do convite feito pelo Alex, a quem agradeço. Espero que, com o tempo, minhas intervenções tornem-se mais constantes neste blog. Talvez, quem sabe, tão freqüentes quanto pênaltis cometidos pelo Jaílton no ano passado.


Ontem Cuca arriscou em excesso. Por sorte, o Ivinhema era muito fraco - mas será que a diretoria e a comissão técnica do Flamengo sabiam que o campeão estadual seria incapaz de fazer frente a qualquer time pequeno da Primeira Divisão Carioca? Além disso, o Flamengo, nos últimos anos, tem se superado na incrível arte de ser ridicularizado por rivais de menor expressão. Exemplos são dispensáveis, já que todos os leitores do blog lembram deles.


Mesmo assim, o placar elástico de ontem pacifica algumas áreas de turbulência anteriormente delineadas. Cuca ameaçou, mas não barrou grande parte dos líderes do elenco, o que teria sido uma atitude drástica demais. Josiel movimentou-se bastante e mostrou que está em melhor fase que Obina (o que não é difícil). Vimos que, contra adversários mais fracos, nossos reservas podem desempenhar um bom papel. Alternativas táticas, uma raridade no deserto de criatividade mantido pelos nossos últimos treinadores, mostram-se viáveis, desde que tenham tempo para vingar. Por fim, um dos melhores momentos do jogo de ontem foi ver a torcida gritar o nome de Cuca. Precisamos, neste momento, de um treinador que saiba trabalhar com uma equipe aparentemente fraca, motive seus jogadores, resista a problemas financeiros e, apesar disso tudo, ainda consiga bons resultados. Este é Cuca.


Ficaram, também, algumas apreensões. Kleberson é um bom jogador, mas incapaz de substituir Juan. Leonardo Moura deve ser reavaliado como meia. A saída de Marcelinho Paraíba, nesse sentido, preocupa: sua relação com o clube aparenta ser insustentável, mas precisaremos de um novo meia para substitui-lo.

Quem dera todos os jogos fossem como o de ontem. No fim de semana volta o Campeonato Estadual e a nossa expectativa quanto ao Tri. É vencer, vencer, vencer.

Flamengo Net

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