Descanse em paz, professor
Acabo de saber do falecimento do radialista Celso Garcia.
Não bastasse sua longa carreira nas ondas do rádio esportivo, sua morte deveria ser sentida por todo rubro-negro por um fato digno de nota. Foi Celso quem descobriu o talanto nato de Zico ainda nos campinhos de Quintino. Graças a ele, o Galinho foi para a Gávea, em vez de outros caminhos hoje inimagináveis. Para mim, significa ainda a perda do professor de radialismo durante um semestre no curso de graduação em Comunicação Social. Como docente não era brilhante, mas me parecia uma figura humana admirável.
De acordo com mensagem da assessoria de imprensa do Clube de Regatas do Flamengo, seu corpo será velado na Capela Santa Rita de Cássia, sala 2 do Cemitério de Inhaúma, Rio de Janeiro, e enterro está marcado para as 17h de hoje. O presidente Marcio Braga determinou ainda um luto oficial de três dias e o minuto de silêncio antes da partida entre Cruzeiro e Flamengo será em homenagem póstuma ao radialista.
A vida é assim, estamos todos de passagem, mas pelo pouco que conheci de Garcia é possível dizer que ele cumpriu sua missão no planeta. Que sua família, a qual não conheço, encontre o conforto espiritual nesse momento sempre difícil e doloroso e que, sobretudo, o Flamengo vá além nos devidos tributos à memória do radialista.
Se o Flamengo é o que é hoje, se a nossa identidade flamenga é exatamente como é hoje, deve-se muito a este grande rubro-negro. Que ele descanse em paz.
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