terça-feira, 21 de outubro de 2008


COLUNA DE TERÇA-FEIRA - Alexandre Lalas


Otimistas e pessimistas


Os otimistas afirmam que o Flamengo está a apenas quatro pontos do líder, vem de doze pontos conquistados em quinze e faz cinco dos oito últimos jogos no Rio de Janeiro. Já os pessimistas lembram que o time não jogou pedrinhas nos últimos seis jogos, que fez menos pontos nos onze primeiros jogos do returno do que no mesmo período do turno, que as últimas vitórias foram contra times que estão brigando pra não cair ou, como contra o Sport, não tem mais aspiração nenhuma no campeonato. Dirão também que foi justamente na reta final do turno que o time não ganhou de mais ninguém até a última rodada, contra o Atlético-PR (outro forte candidato ao rebaixamento).

Todos têm razão.

Se vencemos quatro dos últimos cinco jogos, conseguimos os resultados jogando mal. Contra o Vasco, só não perdemos o jogo porque o adversário é fraco demais. Conseguimos a proeza de repetir a atuação horrorosa do jogo contra o Atlético-MG. Desse jeito, por mais que os números e a fraqueza dos adversários dêem alguma esperança, não seguiremos adiante. E ao final do campeonato, os pessimistas terão razão.

Mas se Caio Junior mexer no time, voltar a ser o treinador ousado que mostrou ser em momentos do campeonato, desistir de jogar praticamente com quatro zagueiros (assim é o posicionamento de Toró, um quarto zagueiro à frente da zaga), escalar um time ofensivo, que não tenha medo de se expor e parar de inventar improvisações (estamos jogando com volantes fazendo a função de meias, cabeças-de-área improvisados na zaga, meias ofensivos no ataque e na lateral-esquerda) e simplificar, aí sim, teremos alguma chance de conseguirmos o hexa.

Não gosto de sugerir escalações. Quem tem que escolher o time que entra em campo é o técnico. Mas eu entraria com Bruno; Leonardo Moura, Dininho, Ronaldo Angelim e Luisinho (ou Eltinho, ou, se é pra improvisar, Toró); Kléberson (ou Jonatas ou Jaílton ou Aírton, qualquer um dos quatro), Ibson, Everton e Marcelinho Paraíba; Vandinho e Obina (ou Josiel). Um goleiro, dois laterais, dois zagueiros, dois volantes, dois meias e dois atacantes. Simples e fácil de entender. Qualquer boleiro de meia-tigela sabe como se posicionar em um esquema assim.

O que me preocupa, é que não vi nas entrevistas pós-jogo, ninguém reconhecer a péssima atuação que teve o time. Caio Junior achou que o Flamengo jogou bem. Bruno exaltou a raça do time e disse que, desse jeito, ninguém ganha da gente! Obina reivindicou a autoria do gol. Márcio Braga se vangloriou da bobagem que falou. E não houve uma única voz que lembrasse que finalizamos apenas três vezes contra uma das piores defesas do campeonato! Com esse espírito, fica difícil.

Até terça!

Flamengo Net

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