Todos têm razão.
Se vencemos quatro dos últimos cinco jogos, conseguimos os resultados jogando mal. Contra o Vasco, só não perdemos o jogo porque o adversário é fraco demais. Conseguimos a proeza de repetir a atuação horrorosa do jogo contra o Atlético-MG. Desse jeito, por mais que os números e a fraqueza dos adversários dêem alguma esperança, não seguiremos adiante. E ao final do campeonato, os pessimistas terão razão.
Mas se Caio Junior mexer no time, voltar a ser o treinador ousado que mostrou ser em momentos do campeonato, desistir de jogar praticamente com quatro zagueiros (assim é o posicionamento de Toró, um quarto zagueiro à frente da zaga), escalar um time ofensivo, que não tenha medo de se expor e parar de inventar improvisações (estamos jogando com volantes fazendo a função de meias, cabeças-de-área improvisados na zaga, meias ofensivos no ataque e na lateral-esquerda) e simplificar, aí sim, teremos alguma chance de conseguirmos o hexa.
Não gosto de sugerir escalações. Quem tem que escolher o time que entra em campo é o técnico. Mas eu entraria com Bruno; Leonardo Moura, Dininho, Ronaldo Angelim e Luisinho (ou Eltinho, ou, se é pra improvisar, Toró); Kléberson (ou Jonatas ou Jaílton ou Aírton, qualquer um dos quatro), Ibson, Everton e Marcelinho Paraíba; Vandinho e Obina (ou Josiel). Um goleiro, dois laterais, dois zagueiros, dois volantes, dois meias e dois atacantes. Simples e fácil de entender. Qualquer boleiro de meia-tigela sabe como se posicionar em um esquema assim.
O que me preocupa, é que não vi nas entrevistas pós-jogo, ninguém reconhecer a péssima atuação que teve o time. Caio Junior achou que o Flamengo jogou bem. Bruno exaltou a raça do time e disse que, desse jeito, ninguém ganha da gente! Obina reivindicou a autoria do gol. Márcio Braga se vangloriou da bobagem que falou. E não houve uma única voz que lembrasse que finalizamos apenas três vezes contra uma das piores defesas do campeonato! Com esse espírito, fica difícil.
Até terça!
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