COLUNA DE SÁBADO - MAURICIO NEVES
Contra velhas derrotas
Este jogo de amanhã contra o Ipatinga é o típico marco negativo de outras campanhas. Enroscamo-nos em pequenos nos outros campeonatos em circunstância parecida, sempre contrariando nosso favoritismo. Tropeços assim cobram uma conta pesada demais no fim do campeonato de pontos corridos.
De 2003 para cá acumulamos alguns insucessos que nem o mais pessimista poderia acreditar. Derrotas dentro ou fora de casa para Brasiliense, Juventude, Paraná e outros foram choradas ao fim de cada temporada como o divisor que nos impediu de uma luta mais digna do que escapar da degola ou sonhar com Libertadores - a arrancada no fim de 2007 é uma bela e reluzente exceção.
Assim, enfrentaremos no gramado do Ipatingão a necessidade de provar que o Flamengo que não sabe jogar campeonato de pontos corridos está morto e enterrado. Caio Júnior disse que a aparente facilidade do jogo esconde armadilhas, sempre é assim, e não é fácil desarmar a impressão que se solidifica na cabeça dos jogadores de que será fácil, de que se pode ganhar em ritmo de treino, de que venceremos o jogo quando bem entendermos.
Quatro pontos nos dois próximos jogos permitem projetar um Flamengo brigando firme no topo por mais algum tempo, pelo menos até um pouco antes de se abrir a janela para negociações e o campeonato ganhar a sua cara definitiva. Que se comece por vencer amanhã. Se vencermos, esse jogo cairá no esquecimento, será apenas uma vitória a mais, uma pálida lembrança que os anos engolirão. Se perdermos, lembraremos para sempre.
Por isso, quero me esquecer em paz desse jogo, a partir de segunda-feira, contabilizando três pontos a mais na tabela e seguindo para bem longe de velhas derrotas que custaram caro demais.
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