sexta-feira, 7 de março de 2008

SOBRE A SURRA

Segue, abaixo, trecho do post publicado por mim no dia 14 de janeiro deste ano. Na ocasião, o Flamengo havia derrotado o uruguaio Huracán, por 3 x 0, em um jogo-treino realizado em Teresópolis. Teve empurra-empurra, Toró acusando adversário de racismo e entradas duras dos gringos. Vamos lá:

"O conturbado encontro serve de alerta. Para jogadores, sim, mas principalmente para Kléber Leite e Joel Santana, os responsáveis por manter os caras no foco durante toda a temporada. Por incrível que pareça, ainda é preciso ensinar para a maior parte do elenco rubro-negro como lidar com as catimbas uruguaia, argentina e de outros adversários sul-americanos, quase todos adeptos da mesma manha.

Claro, era apenas um jogo-treino. E talvez os atletas, com destaque para Toró, que alegou ter sido vítima de racismo, não esperassem tanta aspereza dos convidados na tranqüilidade de Teresópolis. Mas o fato é que este defeito congênito não é privilégio dos rubro-negros. Jogadores de futebol brasileiros, em geral, até mesmo os mais rodados, continuam entrando como garotinhos inocentes na provocação dos colegas de continente.

O pior acontece quando eles deveriam estar mais concentrados: nos dias anteriores aos jogos. É o momento em que são asfixiados, por jornalistas de todas as mídias, com as mesmas perguntas, como a célebre 'Fulano, vocês estão preparados para lidar catimba deles?'. As matérias costumam seguir o mesmo tom. Cria-se, então, um excesso de precaução e expectativa, e nossos boleiros entram em campo irritadiços, prontos para reagir, ou reclamar com o árbitro, ao primeiro estímulo, a qualquer xingamento ao pé do ouvido."

Pergunta: será que o Flamengo terá tranqüilidade para vencer os uruguaios em casa?

Quando tiver mais tempo, volto ao assunto.

Flamengo Net

Comentários