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É Covardia...


Ontem era dia de Flamengo e São Paulo. Uma barbada, todos sabiam. O São Paulo, o poderoso e temido São Paulo( líder isolado do campeonato, a não sei quantos minutos sem levar gol, a defesa menos vazada da história dos brasileiros, e detentor de outras marcas estatísticas que pouco importam para aqueles que realmente entendem a verdadeira magia do velho esporte bretão) veio para o Rio com a marra de quem acha que está jogando o fino da bola e com uma aura de quase imbatível. Já o Flamengo vinha da parte de baixo da tabela , onde amargurou por várias rodadas a incômoda posição de virtual rebaixado (ainda que a gente saiba que por conta de varios jogos em atraso em relação aos demais times), mas crescendo na competição, acertando o time aos poucos.
Como eu disse no início, uma barbada.......... ontem ia dar Mengão de qualquer jeito.
Pois bem, lá estávamos nós em mais uma noite de quinta-feira para assistir a um jogo do Mengão no Maraca. Lado esquerdo das cabines de rádio, arquibancada lotada, tudo certo. Já cedo se via que era recorde de público do campeonato. Dessa vez estava a nossa frente o “pomposo” São Paulo, o “bicho-papão” líder do campeonato, com uma campanha irrepreensível nesse sem graça e mal feito campeonato brasileiro. Só que ontem ele teria que enfrentar o nosso Flamengo, o maior time do mundo diante da maior torcida do planeta. E quem tem sangue rubro-negro correndo nas veias sabe que quando estamos no Maracanã, devidamente motivados, não estamos apenas disputando uma partida de futebol. Nós sabemos que o resultado do jogo está principalmente nas nossas mãos, e nos nossos corações. Quando estamos bem, não há quem ganhe da gente. Quem tem o bom hábito de como eu frequentar o maior estádio do mundo sabe exatamente do que eu estou falando. Não seria um timezinho paulista muito do metido a besta que derrubaria esta mística do Mengão jogando diante da sua imensa torcida em mais um dia de extrema inspiração.
Se eles estão na frente do campeonato, com uma campanha quase irretocável, é porque ainda nao tinham enfrentado o Flamengo na sua casa, o palco maior do futebol no mundo.
Futebol que é futebol, nós sabemos, é jogado no Maraca e em dia de casa cheia. É aí que os grandes se provam grandes, e os nem tanto afinam. Pois ontem foi dia dos bambis afinarem. Poucos times, muito poucos mesmo, resistiriam à inesquecível e indescritível festa realizada pela torcida do Flamengo ontem à noite no Maraca.
Tínhamos Íbson, é verdade. Tínhamos Maxi, Bruno e Léo Moura. Mas acima de tudo tínhamos 70 mil rubro-negros apaixonados empurrando o time insistente e inevitavelmente para a vitória. O 1 a 0 ficou barato para a tricolada paulista. Tivemos bola na trave, pênalti não marcado, e o nosso arqueiro (PQP, e o melhor goleiro do Brasil!) pouquíssimo fez durante o jogo, a não ser numa intervenção numa cabeçada já nos minutos finais do 2º tempo.
Ontem o Flamengo foi Flamengo, aquele grande e imbatível Flamengo, e provou mais uma vez que esse campeonatinho de pontos corridos pode servir pra mostrar quem é o time mais regular, quem tem mais estrutura, mas nunca quem realmente é o melhor quando colocado à prova frente a frente, como nas tão saudosas finais de campeonato. Ainda mais no Maracanã, ainda mais numa noite inesquecível como a de ontem.
Os poucos gatos pingados tricolores paulistas que se aventuraram a vir ao Maracanã, voltaram pra casa com uma certeza: podem até serem os virtuais campeões brasileiros de 2007 mas jamais terão uma festa como a que tiveram o privilégio de presenciar ontem à noite.
E por outro lado, nós, rubro-negros de sangue e de alma, saímos do Maracanã com uma certeza maior ainda: que no Maraca, quando a gente entra em campo como ontem, é covardia...

“É....
Time de tradição
Raça, amor e paixão
Ó meu Mengo...
Eu....
Sempre te amarei
Onde estiver, estarei...
Oh meu Mengo”



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Alguém já viu jornal incluir torcida ao dar nota pros jogadores..?????? Pois é, hoje eles não tiveram como não incluir.. (ver oGlobo de hoje)