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Memória rubro-negra

Não sei se vocês já viram na home do Lance de agora a matéria contando sobre o projeto do Museu do Flamengo, a ser inaugurado em 15 de novembro do ano que vem , comemorando o aniversário do clube. A intenção é fazer algo de primeiro mundo, sem tirar um centavo dos cofres rubro-negros - tudo seria bancado pela iniciativa privada, através de leis de incentivo fiscal.

O projeto, que está em fase de captação de recursos, parece interessante mesmo. Camisas e relíquias históricas, estátuas dos craques, bar temático, espaço para eventos, calçada da fama e, é claro, os nossos troféus. Não todos, por falta de espaço, já que são mais de 10 mil - mas os visitantes poderão ver cada um deles num passeio virtual que também estará disponível. Tudo isso na própria sede da Gávea.

Com o Flamengo mostrando algum interesse em cuidar de suas memórias, resolvi compartilhar com vocês uma das minhas. No caso, justamente quando eu mesmo fiz a logomarca do moderníssimo Museu do Flamengo que seria construído, na época de vacas infladas pela ISL.

Naquela época, eu trabalhava no departamento de criação de uma agência de publicidade que fazia diversos trabalhos para o clube. Por lá, fiz desde cartão de fim de ano rubro-negro até um sensacional anúncio de página dupla que seria publicado a qualquer momento nos principais jornais do país comemorando o fim da dívida rubro-negra. Claro que este qualquer momento jamais chegou, mas a arte estava prontinha.

Para fazer um livreto de projetos e prestação de contas da diretoria, tive em mãos diversos projetos "prontos para sair", como o C. T. projetado pela mesma empresa que fez o do Manchester United, que só faltava voar. E fiz também a identidade visual do Museu que se imaginava na época, que pelo que me lembro até tinha a ver com este projeto atual. Estava aprovada na época e eu já imaginava a emoção de ver a coisa pronta com a minha marca lá, grandona, na fachada. Bom, tenho certeza de que agora vão produzir algo bem mais bonito do que eu criei na época - designer talentoso e capaz de captar o espírito rubro-negro é o que não falta por aí.

Claro, se o museu sair mesmo desta vez.