sexta-feira, 28 de setembro de 2007

E há 40 anos atrás...

nascia um Deus. Um Deus para nossa torcida. Um Deus único para cada um de nós. Uma imagem que todos queriam olhar no espelho e enxergar.
Me lembro de como se fosse hoje. 8 de agosto de 1976. Zico já era o Zico para mim. Mas ainda não era uma unanimidade, pois a sempre reticente imprensa paulista insistia em chamá-lo de jogador de Maracanã.
Voltemos, pois, ao dia 8. Eu tinha 13 pontos no pé direito, fruto de um pulo seguido de um armário caindo no meu pé. Minha falecida avó conhecia a mãe da Sandra, e conseguiu um encontro de fã-ídolo. Quando o vi, se aproximando com uma foto autografada na mão, tive a maior crise de mudez da minha vida. Minha mãe falava: "Alexandre, fala com o moço". Ele ria sem graça, eu ali, mudo. Do primeiro ao último minuto do encontro.
Depois desse, foram mais 2. Nas 2 vezes, tive que tomar uma porrada nas costas pra começar a falar.

E o que tem isso com a data de hoje??? Tudo a ver. Se Celso Garcia não tivesse levado o Galinho pra Gávea, nada disso teria acontecido. Eu não seria campeão do Mundo, da Libertadores, penta nacional, e não seria feliz, de poder olhar pro passado e dizer: "Eu estive numa daquelas tardes de domingo. Zico me fez rir, me fez chorar, me fez gritar gol. Ele me fez entender o que é felicidade.

Obrigado, Celso Garcia.
Obrigado, Zico.

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