Delenda Ney Franco
Rubro negros, ainda que seja um comportamento contrário à natureza otimista e sempre altaneira daqueles que professam a religião Flamenga essa é a hora de sermos realistas, pelo menos dessa vez. Perder do Paraná é inadmissível. Não há atenuantes, é caso de demissão, golpe de estado, impeachment ou exorcismo. Ocupemo-nos então de coisas mais importantes já que o joguinho de ontem não teve a menor relevância quando contextualizado na missão gigantesca a qual o Flamengo agora deve se entregar de corpo e alma. Recuperar a vergonha na cara e voltar a vencer.
Sem qualquer menosprezo ao simpático e pitoresco clube do Paraná, em face da assustadora confusão tática apresentada na noite de Uberlândia, perder ou ganhar não faria a menor diferença. O Flamengo tem se apresentado como um bando há muito tempo, sem vencer um clássico há mais de 9 meses, sem vencer uma pelada há não sei quantas rodadas e o pior, sem dar impressão de que vai sair desse jejum. Nessas condições, mesmo que o Flamengo fizesse uma apresentação perfeita e empatasse um jogo que se anunciava perdido de nada teria valido. O Flamengo tem que vencer. Quem ainda acha que empate é bom resultado não pode mais dirigir o Flamengo.
Pelas declarações após o jogo o personal estrategista do Mengão sentiu que já era. Bem que Ney tentou dar uma de mineirinho esperto, em vez de perder logo as três partidas seguidas e deixar o protocolo ser cumprido ele espalhou as três derrotas no meio de um monte de empates. E assim ele foi ficando, garrado na Copa do Brasil e no Carioca em que não ganhamos clássicos e dos times médios só ganhamos do América e do Foguinho nos pênaltis.
Mas ontem não teve jeito, Ney admitiu que treinador sobrevive de resultados. Ou seja, tá preparando aquela conversinha que ele vai ter que desenrolar com os cumpadres quando voltar para a sua plantação de pão de queijo. Essa semana o microondas da Gávea vai trabalhar muito, com todo mundo que pede a cabeça do Ney Franco aproveitando pra dar aquela cavadinha pelo seu indicado. Acho que os treinadores disponíveis no mercado não são muito melhores que o Ney Franco, mas a tradição futebolística brasileira vai acabar falando mais alto.
Mengão Sempre
sexta-feira, 20 de julho de 2007
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arthur_muhlenberg
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