quinta-feira, 31 de maio de 2007

Pega Ladrão

Só mesmo o eterno espírito de macaquice e o imorrível complexo de vira-lata que ainda são características marcantes da absoluta maioria dos dirigentes do nosso futebol para justificar a adoção de uma fórmula européia para a disputa do nosso campeonato nacional. Pontos corridos no sistema de turno e returno se aplicam muito bem nos países europeus onde as extensões territoriais poucas vezes excedem o tamanho de municípios de área semelhante à Guarulhos ou Ponte Nova, mas em um país quase do tamanho do Flamengo, caso do Brasil, os críticos futebolísticos sérios ainda estão aguardando estudos mais detalhados dos impactos causados por essa fórmula alienígena para poder dizer com certeza se isso funciona ou não por aqui. Enquanto essa fronteira da ciência não é transposta lá vai o Flamengo mais uma vez em direção às lonjuras setentrionais do país em busca de 3 pontos.

O torcedor do Flamengo que é cumpridor das leis não pode ter qualquer compaixão pelos usurpadores esportivos que se abrigam na irmandade bárbara da torcida do Sport. Me perdoem o mau francês, mas que torcidinha escrota. Desde o esbulho que sua desqualificada equipe protagonizou em 1988, em vergonhoso conluio com a nata da pilantragem cebeefeana, os torcedores do desacreditado clube tapuia exibem um assombroso e suicida desconhecimento da real posição do seu triste time na escala de valores do futebol mundial.

Desprovidos de qualquer traço de autocrítica e aparentemente sem se importar em fazer o papel de mané, os sofredores do lamentável leão da Ilha do Retiro se autocongratulam como se fossem de fato os campeões brasileiros de 1987. Para justificar esse violento surto de autismo e negação da realidade amparam-se em uma canetada espúria da CBF. Como se a CBF, tradicional valhacouto de escroques, detivesse o direito de arbitrar sobre as minúcias, particularidades e exceções do futebol brasileiro. É ponto pacífico que a credibilidade da CBF no mister de dirimir controvérsias esportivas é análoga à de uma cédula de 3 dólares, sendo, portanto incapacitada para determinar quem é o campeão dos próprios certames que organiza. Que dirá de um campeonato organizado por outra entidade, no caso a Copa União organizada pelo Clube dos 13. Só mesmo um time e uma torcida formada por débeis mentais para acreditar em uma lenda do Curupira sem cabeça como essa.

Mas peço aos leitores dessas linhas que me permitam momentaneamente abandonar a cortesia que sempre deve pautar a relação entre duas associações esportivas para dizer, sem medo algum de cometer uma injustiça, que o Sport Clube Recife não merece por parte de nós, os legítimos, originais e únicos detentores do direito de se declararem rubro-negros sem a necessidade de acrescentar toponímicos, a menor consideração. Não merecem consideração porque no tocante à torcida do Flamengo o Sport e seus torcedores não passam de ladrões. Ladrões de título. Ladrões de vaga na Libertadores. Ladrões da glória que o Flamengo conquistou em campo.


Como são ladrões devem ser tratados com o rigor que se recomenda a essa cepa de infratores desde o Código de Hamurabbi, rigor que vem apenas recrudescendo à medida que os tempos avançam em sua inexorável marcha. Como diria o legislador Sivuca, “Bandido bom é bandido morto”. E a essa lei da natureza o ponderado Luiz Carlos Alborghetti acrescentaria o corolário: “Morto e enterrado de pé, para economizar terreno nos cemitérios.”

Mas também o que esperar de um time que já teve Leão como técnico e cuja torcida grita Casaca, Casaca? É escrota ou não é, essa torcidinha? Vamos falar sério, em condições normais de temperatura e pressão pra ganhar do nosso genérico tapuia basta mandar à cancha 11 cones envergando o Manto Sagrado que a própria bola, por sua experiência, sabedoria e familiaridade com o Flamengo, se encarregaria de encontrar o caminho das redes e resolver a contenda a nosso favor. Infelizmente não é isso que vai acontecer no domingo, pois condições normais de temperatura e pressão não se encontram na Gávea há muitos e muitos anos. Por isso teremos que ganhar dos caras de qualquer jeito, preferencialmente na bola, mas se for na porrada não tem problema.

A torcida do Flamengo (a maior do planeta), a Transparência Internacional, a Human Rights Watch, a Simon Wiesenthal Foundation e os bons costumes exigem que o Flamengo se apresente diante desses descuidistas setentrionais como se fosse o próprio aniquilador dos ímpios e ofereça aos patéticos torcedores do Sport uma amarga e inesquecível tarde de domingo. Se ainda existe Justiça nesse mundo, o Flamengo vai dar uma lição definitiva em quem ainda não aprendeu que roubar é feio.


Mengão Sempre

Flamengo Net

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