quinta-feira, 17 de maio de 2007
Apelo n + 1...
Há um bom tempo que não suscito a ira de meus críticos, postando aqui. Nem tanto por eles, mas por estar cansado de sempre bater na mesma tecla.
Comecei a me omitir pra não parecer chato e ficar tacando pedra. Isto porque mesmo com título Estadual, classificação com a segunda melhor campanha na Libertadores e outros triunfos menores, não tenha sentido firmeza na mulambada. Mulambada, diga-se de passagem, que não deixa a dever a mais de 95% dos times nacionais, muito menos a mais de 99% dos times cariocas...
O que me fez mudar de idéia? Depois das atuações ridículas (e quase idênticas) no Uruguai e no Maracanã, na abertura do Brasileiro, e da esforçada, porém pouco eficiente, atuação pela volta, na Libertadores, vi hoje o primeiro gol do Brasiliense contra o fluzeco e não pude deixar de me revoltar.
Oras! Vá lá que a defesa da agayrrida agaymiação pó-de-arrozesca não é lá essas coisas, mas o ataque do Brasiliense demonstrou ter uma capacidade ofensiva que nosso time há anos não demonstra. É tamanha a dificuldade em fazer uma jogada chegar até a proximidade da meta adversária, que faz com que qualquer time, de qualquer lugar, em qualquer campo, tenha mais poder ofensivo do que o nosso time.
É claro que para um time fazer gols, é necessário ainda ter um meio-campo combativo e, acima de tudo, criativo e eficiente. E mais ainda: a defesa tem que atuar de forma a manter o caixa do time "negativo", ou seja: receber menos do que entregar. É necessário ter opções no ataque, jogadas ensaiadas, cobradoreS de falta, precisão nos cruzamentos, coragem para driblar, chutar em gol, que não tome gols dignos de video-cassetadas... etc!
Acontece que há anos, desde a primeira era KL no Flamengo, que o time se distanciou de uma equipe de futebol digna das tradições rubro-negras: Faltam brio, raça, vontade, vergonha na cara... Futebol! Entre outras coisas. Perdoem-me aqueles que, como eu, estiveram há uma semana no Maracanã, mas apresentar um pouco disso depois que a "bagaça foi pro brejo" não é digno de louvor. Isto é a essência, não a exceção!
Portanto, eu peço pela enésima, mais uma, vez, que alguém tome a responsabilidade, seja dirigente, jogador ou integrante da comissão técnica, de recolocar o Flamengo nos trilhos. Trilhos que foram percorridos por times imbatíveis como o de Zico & Cia nos idos dos anos 80, ou de operários, como o de Júnior & Cia em 92. Alguém, mas de preferência todos juntos. Não deve ser tão difícil, assim, fazer...
Um time que seja, ainda que limitado, aguerrido. Que nos dê realmente orgulho e, ainda por cima, sirva para ver os críticos terem que sorrir amarelo para narrar nossas vitórias, ao invés de servir ainda mais de motivo de chacota.
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