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Sou mais a Letícia Spiller

Torcedor é muito engraçado. Agora querem me convencer que a solução é Adrianinho. Ora, paquita por paquita, sou mais a Pituxa Leticia Spiller. Na novela das oito, à qual assisto religiosamente, ela é ruim de doer, mas pelo menos é perversamente deliciosa. Aqueles blue eyes, like a clear blue sky, watching over me. Yeah, como na música de Elton John, I love blue eyes. Os da Spiller, claro.

Se houver quem prefira o danúbio azul do Adrianinho, o problema não é meu.

Enquanto isso, crivam de críticas nosso herói Zinho, logo o pulmão do time. Torcedor não é engraçado. Não, não é não. É tudo ingrato. Promove-se um verdadeiro massacre na nossa enceradeira elétrica. Ora, ora, Zinho está acima do bem e do mal. Nos pés dele tive um dos maiores gozos dessas décadas de pobre existência. Aquele chute mortal, o terceiro em 1991 que mandou os tricolores para a casa do baralho (vocês entenderam, o Termo de Uso que subscrevi não me permite usar o "c"), pois, então, aquele gol mágico foi como a noite que não tive com a Spiller.

Zinho é santo. Pode estar de bengalas, mancando, e sempre merecerá protestos de elevada estima e consideração de Antonio F. de Almeida.

Que se danem (olha o Termo de Uso, atacando mais uma vez) os chatos de plantão que vão lembrar que ele saiu da Gávea pra mamar nas tetas da Dona Parmalat ou que rejeitou essa ou aquela proposta dos honoráveis KL e ESS. Zinho é santo. E santo de casa não faz milagre, já dizia minha avó Maria.

Por fim, não se desesperem. Apostem suas caixas de cerveja. O Flamengo será campeão. Aquele pênalti de Junior Baiano foi na verdade um pagamento, uma compensação à cidade que tão gentilmente cedeu seu estádio no ano passado. Uma gentileza à Febre Amarela, nada além disso.

Mas podem confiar.

Embora não tenhamos mais um grande finalizador como Jean - craque cujas jogadas melhoram o pescoção de qualquer sub-editor - talentos natos como China, uma reencarnação melhorada de Leandro, hão de levar o caneco para a Gávea.