quinta-feira, 31 de março de 2005

Pausa para reflexão...e uma mensagem otimista

Sei que todos estão otimistas. Longe de mim querer estragar o momento, mas nesta reta final do Carioca já é possível vislumbrar problemas e questões que devemos resolver até o Brasileiro, que é a competição que importa. O time está tomando forma, e não estamos mais naquela posição de "futurólogos" do início do ano. Sabemos quem são os jogadores, o técnico, etc. Então vejamos:

--Gosto do esquema 3-4-3, embora ache que ele descambe com muita frequência para um 3-5-2. O problema é que a defesa ainda fica exposta, não por falhas dos zagueiros, mas pela falta de proteção na cabeça de área. Creio que o esquema só funcionará a contento com a volta de Da Silva e o "sacrifício" de Jonatas ou Junior. Vamos encarar?

--É possível ser campeão carioca sem ataque? Sim, estamos quase provando isso. Mas para fazer uma campanha razoável no Brasileiro, não creio. O Flamengo não tem ataque, e perde na comparação com Flu, Vasco e Botafogo.

--A zaga ainda não inspira confiança, mas com JB, Fabiano, Thiago e Rodrigo estamos razoáveis (não "bem"), principalmente se jogarmos com 3 zagueiros. Nos últimos jogos tivemos muitos cartões, expulsões, momentos de desequilíbrio. Isso pode nos prejudicar seriamente em competições mais fortes.
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--Ok, todos gostamos dos "times de molecada". Mas será suficiente para encarar o Brasileiro? Se perdermos 3 jogos seguidos, os garotos aguentarão o tranco? Quem será a referência no time, agora que Zinho foi incorporado ao banco de reservas?

-- Finalmente, o que há com Fellype Gabriel? Não foi muito bem contra o Volta Redonda, e não descobri se prefere jogar mais para trás ou se gosta de ser um autêntico ponta de lança, chegando na frente para concluir. Finalmente, o que há com a saúde mental e física do garoto?

-- Como será o planejamento da comissão técnica para o Brasileiro? Ficaremos novamente naquele tradicional improviso ou finalmente entenderemos que um longo campeonato de pontos corridos implica uma outra forma de ver o time, os reservas e a preparação?

Bom, por enquanto é isso. Quanto ao Fla-Flu, prefiro não falar nada. Guardo minha esperança e minha confiança, certo de que nos damos bem quando chegamos aos trancos e barrancos. Um ilustre tricolor escreveu há tempos que chegaria um dia em que a camisa do Flamengo se ergueria tal qual uma Bastilha inexpugnável, e jogaria sozinha. Esta profecia já se realizou em outros momentos. É hora de evocá-la novamente.


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