sexta-feira, 29 de outubro de 2004

Pela segunda vez

E novamente, André Bahia fez o Flamengo de palhaço. Aproveitou um cartão vermelho e a falta de pulso da diretoria e se mandou para assinar com outro clube. Agora, sem jogador e sem dinheiro, o Flamengo faz cara de mau e dia que ele não joga mais. Grande Mengo. Pela segunda vez o cara brinca com o clube e tudo o que acontece é... nada.

Fazer o que com um clube sem comando, sem respeito sem nada? Por que será que quando um jogador é expulso, ele ganha folga no dia seguinte? Vai trabalhar. Não foi? Desconta! André Bahia simplesmente passou a perna no Flamengo e foi para a Holanda. Ninguém vai e volta da Holanda em dois dias. Será que nem uma demissão por justa causa, o clube pode aplicar? Não, porque não paga os salários. Esse é o problema de não pagar salários. Manda quem pode (o jogador), obedece quem tem juízo (o clube).

Ele vai fazer falta? Se você puder escolher um novo zagueiro no mercado, pode ser que não. Mas quando a opção é o Valdomiro, pode ter certeza que vai fazer falta. Mas não só ele. Perigamos começar o ano que vem sem Júlio César, Zinho, Júnior e Felipe, na minha opinião, o maior problema.

Júlio César quer ir embora. Só fica se lhe pagarem rios de dinheiro a cada 30 dias. Uma pena, mas ainda temos o ótimo Diego. Sinto apenas, que o Flamengo não soube explorar a imagem do jogador para ganhar dinheiro. Preferiu ficar esperando grana de petroleiros. Zinho já deu o que tinha que dar. No início do ano eu escrevi que não confiava muito num veterano que havia sido reserva um ano antes. Não seria agora, que ele seria o titular absoluto. Só o é, por absoluta falta de opção. Já o Júnior, uma pena, mas esse já aguçou o paladar dos predadores europeus. Pode até ficar em 2005, apenas para escolher o endereço europeu onde vai morar em 2006.

E Felipe. Esse tem tudo para se tornar o grande ídolo do Flamengo. Como joga muito, a torcida livra a sua cara por que sabe que pode criar uma jogada espetacular a cada momento. Joga demais e carrega o time nas costas. Se pensasse um pouco mais em idolatria do que na carteira, não tenho dúvidas de que entraria para a história do Flamengo. E ainda ganharia muito dinheiro.

Mas tudo acontece no mundo das hipóteses. Num Flamengo "flalido" é rezar para disputar a Série A no ano que vem. Seja lá com qual time for.

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Vamos parar com a hipocrisia. Agora ta todo mundo exigindo que os estádios estejam preparados com equipamentos antienfarte. Pêra aê! O que aconteceu com o Serginho foi uma tragédia e pronto. Uma infelicidade absurda, mas daí a querer mudar tudo, é sensacionalismo. Nem na Europa isso existe. Nas empresas de televisão onde esses jornalistas trabalham, isso existe? Ninguém pensa nisso, devido às chances mínimas de acontecer. E parece que o jogador tinha problemas cardíacos, então, que o São Caetano levasse os equipamentos em todos os jogos. Ou falasse a verdade pro Serginho.

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Ainda bem que não entendo nada de futebol. Fosse o contrário, hoje eu poderia achar o Athirson bom. Pior, poderia dizer que ele é craque. Pior ainda, poderia dizer que ele é útil ao Flamengo. Entrou contra o Santos e dois minutos depois fez a única coisa que sabe fazer: falta e levou cartão. Não joga quase nunca, mas toda hora é suspenso por ter três cartões amarelos. É isso aí. Palmas para ele e ovos para o Lucas.

Flamengo Net

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