A Copa Sul-Americana vem aí
Nesta semana começa a tal Copa Sul-Americana, nós incluídos, mas que não vale nada. É engraçado ver como os interesses comerciais destruíram um campeonato até interessante no início.
Foi criada em 1988, na época chamada de Supercopa dos Campeões da Libertadores. Um campeonato que tinha o seu charme, afinal de contas, o vencedor podia se dizer ?Supercampeão?. Era disputada só por um grupo seleto, e dava orgulho em ver o Flamengo lá, junto com Grêmio, Cruzeiro e Santos, posteriormente, o São Paulo. Podíamos sempre jogar na cara dos nossos rivais sermos os únicos a disputá-la. Assim durou até 1997. Aí veio a esculhambação gradual...
Primeiro, o Vasco, que em 97, estava com uma força política avassaladora junto à Commebol (sabe-se lá o que rolou por debaixo dos panos), conseguiu entrar pela janela (como de hábito), ao obter o reconhecimento de seu Sul-Americano conquistado na década de 50. Um campeonato estranho, considerando que na época não havia campeonato brasileiro, o que me faz supor que o Vasco foi convidado para este torneio como campeão carioca.
Pra completar a avacalhação, em 98, transformaram a Supercopa na Mercosul. O motivo? Nunca foi bem explicado, mas não é difícil imaginar. A Supercopa original era disputada por times campeões da Libertadores, dos quais dois, Cruzeiro e Grêmio, sem nenhum apelo nacional de audiência, e um terceiro, o Santos, atravessava uma crise duradoura, sem nunca passar da primeira fase. E somando-se a isso, um fator fundamental para os interesses comerciais que hoje mandam no Futebol Brasileiro: NA SUPERCOPA O CORINTHIANS NÃO ENTRAVA. Time sem nenhuma tradição em Libertadores, bastou a primeira versão da Mercosul, e pronto: lá estava o ?Timão?, o queridinho da mídia paulista, encaixado no campeonato. E tiraram todo o charme da competição, que perdeu os critérios, e acabou virando um torneio qualquer. E agora tranformaram na tal Sul-Americana, ficando cada vez mais inchado e mais sem graça.
Nossa prioridade é fugir do rebaixamento. Espero que se o Flamengo for bem na tal copa, não venha nenhum gênio, seja técnico ou diretor, querer priorizarmos ela.
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