O clássico entre Flamengo e Buátafogo só valeu pelo primeiro tempo. Jogo aberto, ousadia e vontade de vencer. Mas daí veio o intervalo e as equipes voltaram sem tesão algum para a segunda etapa. E, na boa, ficar reclamando do árbitro não é a nossa praia não. Péricles Bassols pode ser horroroso mesmo, mas botar a culpa no cara é praticamente tirar a responsabilidade dos jogadores pelo individualismo (Passa bola, Thomás! Toca, Adryan! Acorda, Ibson! Chuta, Love!) e pela ansiedade do treinador (Calma, Dorival!). Ou seja, não foi o juiz que nos fez deixar de ganhar dois pontinhos, mas sim a incompetência do time.
Entretanto, apesar do 0 x 0, o
desempenho do Flamengo não me desagradou. Ok, deixamos de subir na tabela
diante de um time minúsculo, porém, há de se destacar que temos hoje uma equipe
estruturada e com um padrão tático definido. Há evolução, isso é óbvio. E temos
que levar em consideração que as peças são as mesmas, e que o Dorival não pode
fazer mágica. Se bem que o Welinton é praticamente um milagre, né não? Bom, mas
não dá pra achar que o Flamengo vai ganhar todas as partidas. Assim como não
posso crer que a bola vai sempre encontrar a trave.
Mesmo que ainda falte depenar a
galinha mineira, o primeiro turno da competição já acabou. Há tempo para se
alcançar o topo da tabela, pois ainda tem ponto pra caramba em disputa. Mas
reforço: não acredito em milagres, só em mudança de postura. E isso já está
acontecendo. Assim, título é quase impossível (os líderes mantém a regularidade
e estão muito à frente), mas dá até pra acreditar numa vaguinha rumo a
Libertadores. Todavia, mordiscar um lugar na Sulamericana não é de todo mal. Afinal,
isso já é lucro para quem estava objetivando fugir da zona da degola...
Bruno Cazonatti
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