Essa tal de reformulação
É comum em algum momento clubes de futebol, mesmo os vencedores, reformularem suas equipes para manter o time na ponta. Existem pouquíssimos casos de reformulações bem feitas na era dos pontos corridos. Desde 2005, o Flamengo tentou mudar um grupo só alcançando uma disputa, de fato, pelo título no inglório ano de 2008. A derrota naquele ano acabou fortalecendo torcida e grupo para o hexa no ano seguinte. São quatro anos para um título brasileiro, três estaduais e uma Copa do Brasil.
Tricampeão brasileiro, o clube do Morumbi demorou a engatar sua reformulação. Engatou um terceiro lugar em 2009 (rá!) e ficou fora da libertadores depois de sei-lá-quantos-anos-consecutivos. Esse ano tiveram três técnicos e resolveram apostar em Carpegiani para recomeçar do zero usando as divisões de base do clube, abandonadas na era Muricy.
O melhor exemplo nesses anos talvez seja o internacional. Campeão da Libertadores de 2006, teve um 2007 ruim e recomeçou tudo em 2008 abrindo mão de medalhões que, segundo dizem, se sentiam donos do clube. Em 2009 por muito, muito pouco mesmo não foram campeões brasileiros, mas se classificaram para Libertadores que venceram esse ano. Como constante: o Internacional nunca se desfez de um jogador antes de ter seu provável substituto. Alex se foi um ano depois da chegada de Giuliano ao Beira-Rio, por exemplo. Independente do trágico final dessa história (Kidiaba que o diga), o colorado tem duas libertadores em quatro anos e uma Sul-Americana para confirmar o sucesso de seu planejamento.
Em todos os exemplos bem-sucedidos há critérios indispensáveis. Contratos longos, buscar aumentar o nível técnico e manter quem está bem para dar tempo dos novatos se entrosarem. Até aqui, reformulação inexiste na Gávea. O que existe é a saída de alguns jogadores sem que haja seus substitutos. É esperar para ver quem será a cara do novo time.
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Fala-se muito de Éverton e Diego Cavalieri chegando nos próximos dias. Não seriam as minhas prioridades, mas caso se confirme são dois bons nomes. Só vale lembrar que mesmo sendo jovem, Éverton chegaria por empréstimo, condição que só deveria trazer quem jogasse em altíssimo nível. Não é o caso.
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Update: pelo que se falou durante o dia, esqueçam o Cavalieri.
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