Olá, saudações flamengas a todos. Enfim, estamos em recesso. Hora do tão aguardado descanso para nossas retinas e coronárias, exigidos até o limite do suportável, expostos aos deprimentes espetáculos semanais que aquele bando exibia para uma incrédula Nação. Sim, o Zico tinha razão. O hexa nos fez mal. De qualquer forma, várias novidades têm sido divulgadas nas últimas semanas, e não gostaria de me furtar a comentar em pastilhas. Semana que vem, voltarei com os textos históricos, começando pelo jogo mais votado no Top-5 que propus nesse post aqui. Mas, vamos aos pitaquinhos: * Os times dirigidos pelo Luxemburgo sempre tiveram como um dos pontos-chave a presença de volantes habilidosos, com bom passe e capacidade de posicionamento. Nada de brucutus ou de jogadores que correm como loucos atrás da bola, abrindo espaços e enlouquecendo a cobertura dos zagueiros. Nesse contexto, temos o Maldonado. O Kleberson poderia ser um bom nome, mas já está muito desgastado. A saída do Toró e a má vontade com o Willians também se justificam nessa linha de raciocínio. Mas o que não dá pra entender, conceber, imaginar, é um motivo minimamente razoável para a manutenção de um jogador como FERNANDO nesse elenco. Trata-se de um dos PIORES volantes que eu já vi ofender o Manto (e olha que já passaram Claiton, Da Silva, Douglas Silva etc). Medonho no passe, nulo na marcação, tanto individual (é lento e driblado com facilidade) como coletiva. As atuações do rapaz contra São Paulo (Maracanã, estréia) e Goiás (Maracanã, derrota de virada) são emblemáticas. Sua continuidade no elenco é inexplicável, à primeira vista. * Fala-se na iminente saída do Juan e na possível (provável?) transferência do Léo Moura. Sobre o Léo Moura, será assunto mais adiante. No entanto, vejo com bons olhos o fim do ciclo do Juan no clube. O nível de desgaste do jogador com a torcida é nítido, e parece irreversível. Pena, pois se trata de um nome importante, que já fez gol de título, um protagonista em tudo o que aconteceu com o Flamengo nos últimos cinco anos. De qualquer forma, sendo confirmada sua saída, o Luxemburgo terá uma oportunidade valiosa para sepultar a lateral-dependência, que, se nos valeu duas classificações à Libertadores (2006 e 2007), atrapalhou bastante a formação tática da equipe em 2009 (antes do Andrade assumir e mexer no esquema) e principalmente em 2010. Para a reposição do Juan, que se traga um lateral-lateral, que domine o fundamento da marcação e saiba compor o setor. Daí, nosso meio-campo finalmente poderá ganhar mais equilíbrio e qualidade. * Adriano. Leio que poderá ir para Corinthians ou Palmeiras. Que vá em paz. No Flamengo, já provamos do que o Imperador é capaz. Pro bem e pro mal. Foi infinito enquanto durou. * Reforços. Em todo final de temporada, surgem discussões interessante acerca de novas contratações. Agora, qual seria o melhor perfil para o Flamengo? Temos um clube em situação financeira delicada, uma presidente a cada dia mais fraca e um time a ser remontado por um treinador-manager que vive uma fase difícil na carreira. Nesse contexto, qual o melhor tipo de contratações? Minha sugestão seria evitar “promessas” que se destacaram em Avaí, Vitória e quetais. Tem que ter experiência em time grande. Se for pra apostar, que seja nos garotos da base. Sai mais barato. Um Galhardo, um Diego Maurício, até um Wellinton, já podem brigar para serem titulares de um time ajeitadinho e competitivo. Para abrir a carteira, que seja pra trazer donos da posição. Um certo rejuvenescimento do elenco também é importante, nosso time está velho. * Barca. Pelo que andei lendo, nomes como Juan, Kleberson, Willians, Léo Moura, Val Baiano, Jean, Ronaldo Angelim, além do Diogo e até do Lomba, são mencionados para integrarem uma robusta barca. Acredito que é importante ponderar bastante ao se promover esse tipo de reformulação. Há jogadores com contrato em vigor, cuja multa é substancial. “ah, então troca”, dirão. Tudo bem, mas historicamente o Flamengo não costuma se dar bem com trocas de jogadores. Alguns jogadores nitidamente já cumpriram o ciclo e o melhor é que saiam. Mas, insisto, a coisa deve ser feita com critério. Muita gente se lembra da “reformulação” promovida pelo Velloso em 1993-94. Aliás, quem está à frente (no papel) do futebol mesmo? Ah, tá. * Léo Moura. Não o negociaria. Foi um dos poucos que tiveram uma temporada marromeno em 2010 (a maioria foi medíocre, mesmo). Tem idade avançada, mas é nome cortejado no mercado e uma das referências do elenco. Mas desconfio que vão enfiá-lo num desses troca-trocas criativos e “geniais”... * FERNANDO NÃO!!! Enfim, o desenrolar das próximas semanas ajudará a nos mostrar qual será a cara deste Flamengo para 2011. Em que pese o nível de expectativas baixíssimo, por todas as circunstâncias envolvidas (baixo moral, dificuldade de captar patrocínio, gestão deficiente), às vezes podem acontecer surpresas. Podemos estar vivendo um novo 1994, onde uma reformulação desastrosa e apressada demoliu o time pentacampeão, ou um novo 1991, em que se montaram as bases para uma geração vitoriosa florescer. A única certeza que tenho nesse momento é que o Flamengo resiste a tudo. Até a quem o dirige.
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