quarta-feira, 23 de abril de 2008

Unleash The Dogs!


Chegou a hora. Vamos falar de Libertadores. Mas vamos falar que nem gente grande, ok? Com sinceridade e pé no chão. Sem mistificações, sem ironia e sem oba-oba, que não é hora pra isso. Amanhã termina a primeira fase do grupo mais difícil e importante de toda a competição, o nosso.

Pra meu total espanto as altas instâncias do futebol rubro-negro estão cogitando a esdrúxula, descarada e anti-flamenga possibilidade de entrar contra o Tenente Matriciana com o freio-de-mão puxado. Anátema! Essa inaceitável postura, absurda em todos os sentidos, foge completamente à natureza heróica, ofensiva e vamo-que-vamo do Flamengo.

Poxa, Kleber, logo você foi inventar moda nessa hora sinistra? Até os garçons do La Mama sabem que essas coisas nunca, reitero, NUNCA deram certo na Gávea. Libertadores é pra homem, e homem não escolhe adversário, cai dentro e passa por cima de qualquer um que botar a cara. No Flamengo sempre foi assim.

O México é longe? É longe pra burro e a viagem vai cansar. Ah, o primeiro jogo das oitavas vai ser bem no meio das finais do Carioca? Azar do Carioca, que vai ter que assistir ao invicto Mengão B detonar o Buáá enquanto o Mengão A vai até México comer tortilla jalapeña e sacudir o América. A vida é mesmo assim, só os fortes sobrevivem. Nunca se ouviu falar em time campeão sofrendo de jet lag.

Além de todas essas boas razões para que o Flamengo jogue absolutamente à sério a sua ultima partida da fase classificatória, não podemos deixar de destacar o inconfundível traço luso que permeia todo esse psicodélico planejamento estratégico.

Porque qualquer criança que já tenha brincado com a Tabela Dinâmica da Libertadores (brinquedo educativo com aplicações práticas do cálculo das probabilidades) já sabe que essa fase de grupos é igual ao Programa do Chacrinha, só acaba quando termina. Antes do apito final do ultimo jogo do ultimo grupo essas contas todas são inúteis. Ninguém garante que a nossa próxima vítima será mesmo o América.

Pra que se preocupar com aquilo sobre o qual não temos poder? Melhor cuidar das miudezas que podemos controlar. Nós nos classificamos bem, todos já foram parabenizados, mas a verdade deve ser dita, duela a quiem duela. Temos um dos piores ataques da competição e isso é um pecado que custa caro na Liberta. O numero de gols pró é o segundo item para desempate e só ter ficado na frente da inoperante bambizada é um mau sinal.

A questão não é se devemos ou não devemos golear. Na humildade, nós precisamos golear. O jogo na ultima rodada em casa contra o pobrezinho bolonhesinho (só tomaram 3 gols na Liberta!) devia estar sendo encarado como uma dádiva dos anjos goleadores que protegem o Mais Querido.

Guerreiros, honrem os nossos mártires. Façam gols, ataquem enlouquecidamente, saiam pro jogo. Arrisquem-se! Só a vitória folgada nos interessa. E vamos parar de palhaçadinha, doutos dirigentes! Ponham o Flamengo em campo como manda a nossa tradição e o nosso Hino: vestidos de vermelho e preto pra vencer, vencer, vencer.

O que tiver que ser será. E seja o que for, continuaremos a ser mais o Mengão.

Mengão Sempre

Flamengo Net

Comentários